A Creditas, fintech líder em soluções financeiras na América Latina, realizou uma pesquisa, em parceria com a Open Box, com mais de 1.500 pessoas para entender em maior profundidade a relação dos brasileiros com o crédito. O estudo mostra que, dentre as pessoas que pedem empréstimo para empreender, 28% são das classes A/B, 24% são da classe C e 23% são das classes D/E. Um dos dados levantados mostra que, mesmo diante de um cenário econômico desafiador, quase metade dos brasileiros (47%) pretende solicitar um crédito futuramente; a maioria (63%) pretende fazer isso nos próximos 12 meses.
Além disso, a pesquisa revela que o investimento no próprio negócio está entre os principais objetivos dos entrevistados, sendo dividido em 28% nas classes A/B, 24% na classe C e 23% nas D/E. Independente de faixa social, entre os que já utilizaram crédito para empreender, 54% o fizeram para expandir o negócio, 41% para obter capital de giro, 31% para abrir o próprio negócio e 7% para evitar a falência.
Maria Teresa Fornea, VP da unidade de Home da Creditas, explica que ao planejar a tomada de crédito, é preciso avaliar as oportunidades disponíveis para que seja um crédito saudável para a pessoa e para o seu negócio.
“O crédito com garantia, por exemplo, se mostra uma das opções mais positivas para a saúde financeira, já que ao colocar um bem como garantia, seja imóvel ou veículo, é possível acessar um montante maior, com taxas de juros menores e ter mais tempo para pagar. Seja para abertura, expansão ou para ter capital de giro no negócio, é importante buscar com cautela as instituições que orientem o empreendedor para evitar o mau endividamento”, avalia.
Quando questionados sobre os sentimentos associados ao ato de pedir um empréstimo para empreender, os brasileiros demonstraram sentir confiança (29%), esperança (27%) e coragem (24%), mesmo que 40% deles já tenham se endividado devido ao mau uso do cartão de crédito ou do cheque especial, modalidades de crédito que são de fácil acesso e nem sempre oferecem as melhores taxas e condições de pagamento.
Dados do Serasa Experian mostraram que nos primeiro semestre de 2022 a média de empresas que estavam com contas negativadas no país era de seis milhões. De acordo com a pesquisa, a maioria das dívidas em 2022 foi contraída pelos empreendedores no setor de Serviços (27,4%). A expectativa do mercado é a que a inadimplência das empresas caia apenas quando o IPCA cair de forma consistente.