Entre chinesas, BYD perde espaço na comunicação de híbridos

6 de novembro de 2025

Alessandro Janoni, Diretor de Pesquisas da Imagem Corporativa

Shutterstock

Share of Voice da marca cai 25 pontos percentuais quando associado ao modelo;
GMW e Omoda & Jaecoo crescem

Pesquisa da Imagem Corporativa divulgada em maio deste ano apontava o desempenho positivo, em pouco espaço de tempo, da marca BYD entre as 10 mais vendidas no Brasil, tanto em dados de mercado quanto em comunicação de seus carros elétricos, associados, acima da média, ao conceito de sustentabilidade.

Agora, um novo levantamento da consultoria, limitado ao universo das marcas chinesas que passaram a atuar no país, indica queda de BYD em métricas de comunicação relativas aos modelos híbridos.

Dentre as mais de 228 mil menções às sete marcas rastreadas em portais de conteúdo noticioso e em redes sociais, entre janeiro e setembro deste ano, BYD tem 66,7% de participação na comunicação total (Share of Voice), seguida por GWM com 15,8% e Omoda & Jaecoo com 7,3%.  Caoa Chery aparece em quarto lugar com 4%. As outras quatro marcas (Zeekr, Gac Motor e Jac Motors) não alcançam 3% das menções, cada.

Quando se filtra associações das marcas ao termo “híbrido”, BYD perde espaço – cai para 42,3% de Share of Voice. Nesse caso, os players que mais crescem em pontos percentuais são GMW, que vai a 26,2% e Omoda & Jaecoo que chega a 18,9% de participação.

O conteúdo é predominantemente positivo em relação a todas as marcas. O índice qualitativo de Tone of Voice, que vai de zero (extremo negativo) a 200 (extremo positivo) fica em 135,6 para o total da amostra. Apesar de presente em apenas 20% das menções no universo pesquisado, o tema “híbrido” gera um ganho de imagem de 24%, em média (no caso, o Tone of Voice vai a 167,9).

O pico de menções de GMW associada a “híbrido” se dá em 15 de agosto por conta do noticiário sobre a inauguração de sua linha de produção no Brasil. O recorde de Omoda & Jaecoo ocorre em 16 de abril com lançamento de seus modelos no país.

Sobre os motores elétricos, a ocorrência do tema é mais frequente – chega a quase 36% do total da amostra. E nesse caso, a liderança de BYD mantém-se expressiva, com 66%. As demais marcas também não sofrem impacto significativo, com dados próximos à média.

O conteúdo referente ao tema é predominantemente positivo, mas o impacto não chega ao patamar dos híbridos (18% de booster contra 24%, respectivamente). O pico de menções a BYD nesse caso acontece em 30 de julho, quando a empresa chinesa respondeu à carta enviada ao presidente Lula por quatro montadoras que pediam ao governo não baixar o imposto de importação de carros semidesmontados.

 

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