A Mercedes acaba de apresentar um carro elétrico que promete rodar mais de 1000 km com uma única carga na bateria. A autonomia bem acima da média de outros veículos elétricos disponíveis no mercado – cerca de 300 Km –, é uma tentativa de convencer os clientes de que a falta de infraestrutura de carregamento não precisa ser uma barreira para a compra de um automóvel elétrico.
Mas essa performance da Mercedes se baseou em cálculos usando simulações digitais internas das condições de tráfego da vida real. Mas a versão oficial do Mercedes Vision EQXX, que será exibida na primavera, de acordo com a fabricante alemã, será capaz de cobrir quase o dobro da distância de um Tesla Model S. totalmente carregado.
Para chegar a essa versão tão completa e potente, a Mercedes contou com o trabalho das equipes campeãs de Fórmula 1 e Fórmula E da Mercedes. Tecnologia testada e desenvolvida para ser usada em um modelo compacto semelhante ao Classe A, acrescentou a montadora sediada em Stuttgart.
O veículo estará disponível a partir de 2024 ou 2025, mas provavelmente não terá a gama completa do protótipo. Em vez disso, ele utilizará a densidade da bateria do EQXX e dos tetos solares para fazer um carro mais leve e eficiente.
“Todos os elementos que vemos neste carro entrarão em produção em série”, disse Markus Schäfer, diretor de tecnologia da Mercedes.
“Provavelmente não precisamos de todo esse alcance em um carro compacto, mas agora podemos reduzir o tamanho da bateria, podemos ter até uma bateria muito menor do que vemos aqui no EQXX. . . isso significa custos mais baixos no veículo ”m acrescentou o executivo.
No ano passado, a Mercedes lançou uma versão elétrica de seu sedã clássico, o EQS, que é capaz de viajar mais de 650 km com uma única carga. A bateria do Vision EQXX tem 50% menos volume e é 30% mais leve do que no EQS, disse a empresa.
A Mercedes não é a primeira a afirmar que rompeu a barreira dos 1.000 km. Em novembro, o Guangzhou Automobile Group da China revelou o Aion LX Plus, que afirmava poder dirigir mais de 1.000 km com uma única carga.
Mas a empresa disse que seus avanços tecnológicos apoiarão uma série de veículos elétricos de pequeno e médio porte nos próximos anos, e que o avanço demonstrou a força de seus braços de engenharia de supercarros.
Mercedes, que prometeu estar pronta para ser uma marca exclusivamente elétrica até 2030 se as “condições de mercado permitirem”, foi criticada por ser dona de uma equipe de Fórmula Um, cujos carros movem-se a combustíveis fósseis.