O mundo da comunicação mudou. Meio clichê, mas é muito verdadeiro. Quando comecei na área da comunicação, há mais de 25 anos, no meu primeiro estágio, a maneira de comunicar era muito mais “simples”. Tínhamos mais fortemente o trabalho de imprensa, a pauta com o jornalista setorista, ainda não tínhamos os influenciadores digitais, por exemplo. A imprensa era o caminho para falar com a população, para levar informação. Olhando para trás, quanta mudança!
Logo no começo da minha carreira entrei no mundo da saúde e me apaixonei. E nunca mais saí. Lembro do meu primeiro cliente em agência, uma grande indústria farmacêutica nacional, uma das maiores do Brasil. E desde então, atendi quase todo ecossistema da saúde, passando por farma, hospitais, médicos etc.
Lembro da minha primeira conquista como assessora de imprensa: uma matéria de página inteira no jornal de grande circulação explicando como funcionava o medicamento genérico e apresentando o primeiro genérico para tratamento contra a queda de cabelo. Guardo isso na memória. Daí em diante, diversos medicamentos genéricos foram aprovados. E a maneira como falávamos sobre os novos fármacos começavam a mudar. Saia o ineditismo e entrava o awareness da doença, como diagnosticar e como tratar.
Hoje, quando falamos do trabalho de awareness, não atuamos apenas com imprensa, falamos com os influenciadores digitais, com os médicos, as personalidades que apoiam a causa ou que são pacientes também, os próprios pacientes, o cuidador, as associações. São vários os caminhos e formatos para levar informação sobre diagnóstico e tratamento. E como é bom saber que ajudo as pessoas a terem informação sobre a doença e como buscar tratamento adequado. E acredito que esse é o objetivo principal da comunicação na área da saúde: ajudar as pessoas a conhecerem os sintomas e entenderem que existe tratamento, possibilidades de cura e de uma vida mais saudável.
Mas voltando ao tema desse artigo: como é desafiador e ao mesmo tempo enriquecedor todas as opções e formatos que temos para esse trabalho, e de como podemos pensar nos diversos públicos, pensar em novas maneiras além da imprensa. Um dos caminhos para levar informação sobre saúde é o trabalho de comunicação com médicos. Esse profissional, que está cada vez mais digital influencer, precisa estar atento em como se posicionar e como levar informação para seu público de interesse, seu paciente e seu potencial cliente. Recentemente, o CFM – Conselho Federal de Medicina publicou novas orientações. Por isso, saber se posicionar nas redes sociais, saber informar, e ajudar a esclarecer sobre um tratamento ou enfermidade é importante – e estar atento ao que pode ou não pode fazer para levar essa informação. Isso foi tema de um e-book que preparamos recentemente.
E cada vez mais descobrimos e colocamos em prática novas ferramentas. Tudo para que possamos continuar levando a comunicação sobre saúde, não só via imprensa, mas pensando em novos e amplos caminhos, e alcançando cada vez mais o público que precisa desse conteúdo.