Pesquisa mostra que 64% dos brasileiros acredita que ainda é possível reverter os impactos climáticos

Vida de Empresa - Sustentabilidade 17 de março de 2022
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Um estudo realizado em cinco países pela Pearson, empresa de aprendizagem, mostrou que 64% dos brasileiros ainda acredita que é possível reverter as mudanças climáticas. Os dados destacam ainda que 71% dos entrevistados no Brasil estão buscando informações sobre sustentabilidade. Essa é quarta parte de uma pesquisa global que ouviu pessoas entre 16 e 70 anos em cinco países (Brasil, China, Estados Unidos, México e Reino Unido) para entender o que as pessoas pensam sobre as mudanças climáticas e como se sentem sobre a educação e as informações que recebem sobre o assunto.

“As preocupações com a mudança climática e o meio ambiente crescem diariamente e permeiam nosso dia a dia de formas mais diversas, seja na cobertura jornalística do COP26 ou no fato de precisarmos de casaco às vésperas do verão. Não é à toa que o termo ESG, que tanto impulsiona as empresas a fazerem mais pela sociedade, começa com E de Environment, ou Meio Ambiente”, diz Juliano Costa, vice-presidente de Produtos Educacionais da Pearson Latam.

Esse levantamento aponta que, em meio a muitas informações sobre o assunto, os entrevistados estão divididos sobre a inevitabilidade do impacto das mudanças climáticas. Brasil e México são os mais otimistas: dois terços dos entrevistados nesses países (ambos com 64%) acreditam que os efeitos das mudanças climáticas ainda podem ser evitados. Em relação à educação, mais da metade dos entrevistados em todo o mundo (58%) não sentem que os tópicos relacionados ao meio ambiente foram ensinados de forma adequada quando eles estavam na escola. O Brasil está na contramão desse índice, com 44%.

A maioria dos entrevistados (61%) em todo o mundo está ativamente tentando se educar sobre as questões climáticas. As três principais fontes de informação que os respondentes estão usando atualmente são: imprensa (58%), redes sociais (43%) e filmes (42%). Curiosamente, apesar do acesso às redes sociais ser alto, essa fonte de informação está entre as menos confiáveis para os participantes (51%). As mais confiáveis são experiência pessoal (77%), livros (76%) e filmes (72%).

A experiência pessoal parece ter um grande peso, de fato. 84% dos entrevistados em todo o mundo dizem que, depois de aprender mais sobre as mudanças climáticas, eles agiram em suas próprias vidas para reduzir seu impacto.

 “Para preservarmos o futuro do nosso planeta, temos a formidável ferramenta da educação, que sempre foi um motor poderoso para promover mudanças. Nesse ínterim, a educação assume um papel fundamental para preparar as gerações atuais e futuras para viver em um mundo sustentável”, completa Costa.

Mais da metade dos entrevistados em todo o mundo acreditam que as crianças devem começar a aprender sobre as mudanças climáticas na escola primária ou antes. Brasil e México são os dois países que preferem começar essa educação já na fase pré-escolar, com 48% e 51%, respectivamente.

Profissionalmente essa questão também parece pesar, segundo o estudo, mais da metade dos brasileiros (53%) e dos mexicanos (54%) acreditam que é muito importante que as suas carreiras tenham um impacto ambiental positivo, enquanto EUA (28%), Reino Unido (19%) e China (28%) tem índices mais baixos.

 A Pearson conduziu o estudo em parceria com a Morning Consult, empresa global de inteligência de dados sediada nos Estados Unidos. Ao todo, foram ouvidas 5.000 pessoas com idades entre 16 e 70 anos, por meio de entrevistas online, entre os dias 26 de outubro e 2 de novembro. Os resultados são representativos da população com acesso à internet em cada país, com margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos.

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