SEC cria novas obrigações de informações climáticas de empresas

Vida de Empresa - Sustentabilidade 22 de março de 2022
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Na esteira da agenda ESG, a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) indicou que passará a exigir das empresas informações sobre como elas estão lidando com as mudanças climáticas. E as novas regras já começam a ser conhecidas.
Na segunda-feira, a SEC, o “xerife” do mercado americano, propôs pela primeira vez as obrigações sobre emissões de gases de efeito estufa das companhias e detalhes de como as mudanças climáticas estão afetando seus negócios.
Nossa principal atuação da década de 1930 é que os investidores decidam quais riscos assumir, desde que as empresas públicas forneçam divulgação completa e justa e sejam verdadeiras nessas divulgações. Esse princípio se aplica igualmente às nossas divulgações relacionadas ao meio ambiente”, disse Gary Gensler, o presidente da SEC.
Muitas companhias listadas nas bolsas americanas já fazendo relatórios ambientais cada vez mais detalhados. Mas, ao se tornarem obrigações para o mercado acionário americano, serão adotados parâmetros que permitirão comparações entre companhias, inclusive de segmentos diversos. Da mesma forma como ocorre com conceitos como lucro, ebtida e receita corrente líquida, haverá uma nomenclatura e conceitos ambientais aplicados às empresas mais claros e conhecidos.
Gensler, disse que esta mudança está respondendo à demanda de investidores e empresas, dada a crescente pressão por informações sobre os riscos que os eventos relacionados às mudanças climáticas representam para as empresas. Se os reguladores aprovarem as regras, as empresas serão obrigadas a fornecer informações relacionadas ao clima quando se registrarem como empresas públicas na SEC e também nos registros anuais.
As empresas precisariam divulgar os riscos potenciais para suas operações de eventos relacionados ao clima, como operar em uma área que enfrenta o risco de aumento do nível do mar. As regras também exigiriam que as empresas fornecessem dados sobre suas próprias emissões de gases de efeito estufa e também sobre a quantidade de energia que consomem. Estas são conhecidas como emissões “Escopo 1” e “Escopo 2”, respectivamente.
As regras seriam implementadas em etapas com um período de introdução gradual. Isso significa que as empresas podem não ter que arquivar informações sobre riscos climáticos até 2024, no mínimo. O público terá 60 dias para opinar sobre as regras propostas.

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